"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

sábado, 4 de junho de 2011

O CHAMADO CRISTÃO À SANTIDADE

Ao escrever aos cristãos que estavam sofrendo uma terrível perseguição da cultura pagã, Pedro os exorta a levar uma vida santa. Encontramos a palavra “santo” sete vezes na primeira epístola de Pedro referindo-se à conduta ou comportamento. E até mesmo quando essa palavra não é usada explicitamente, a pureza de conduta é prescrita várias vezes.

“Santo” significa sagrado, ser consagrado a Deus ou ser digno de Deus. Para ser compatível com esse adjetivo, algo ou alguém não deve ter impureza alguma. Não pode haver também mácula alguma, seja ela de ordem moral ou espiritual. Ser santo é ser livre de tudo que ofende o Deus perfeito.

Isso pode parecer um estado impossível de se alcançar, afinal de contas, como criaturas decaídas e imperfeitas como nós podemos guardar o mandamento de ser santos em toda (nossa) maneira de viver (I Pe 1.15)? A resposta se encontra no segundo versículo da carta de Pedro: a santificação, processo pelo qual somos feitos santos, do Espírito (I Pe 1.2). O Espírito de Deus, que passa a habitar em nós desde o momento em que somos salvos, que pode transforma-nos. Pelo poder do Espírito Santo, somo capazes de abster-nos das concupiscências carnais, que combatem contra a alma (I Pe 2.11). Quando nos rendemos a Deus, e quando resistimos ao diabo e às suas tentações de modo sóbrio e vigilante (I Pe 5.9), acabamos descobrindo que Deus pode e nos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá (I Pe 5.10).

Uma vida santa deve ser nosso objetivo, não somente porque Deus nos manda viver assim, mas porque isso é o que mais se adéqua à nossa verdadeira identidade. Em Cristo, não somos mais cidadãos de um mundo pecaminoso, mas o povo de Deus (I Pe 2.10). Nós somos peregrinos e forasteiros nesta terra, a caminho do nosso verdadeiro lar, que está no céu (I Pe 2.11).

Além disso, a santidade serve ao propósito evangelístico. É a geração eleita e a nação santa que deve anunciar a virtude daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe 2.9). E é o nosso viver honesto e as nossas boas obras que levam os malfeitores a glorificar a Deus (I Pe 2.12).

Por fim, Pedro fala do dia em que estaremos diante de Deus e daremos conta a Ele pela maneira como vivemos. E aqueles que tiveram uma vida de temor (reverência) a Deus, o que os levou a ter uma vida santa, foram os que melhor se prepararam durante o tempo de sua peregrinação (I Pe 1.17).


“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais; Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,” (1 Pedro 1.18-19).


Fonte: O novo comentário bíblico NT, com recursos adicionais - a Palavra de Deus a alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, p. 693.

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