"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

domingo, 29 de abril de 2012

O Amor de Deus e o Amor de Mãe


Mães: Por que vocês amam seus recém-nascidos? Eu sei, eu sei; é uma pergunta boba, mas me desculpem. Por quê?
Durante meses, esse bebê lhe trouxe sofrimentos. Ele lhe deixou cheia de espinhas e a fez gingar como pata. Por causa dele, você suspirou por sardinhas e torradas, e saiu devolvendo tudo pela manhã. Ele lhe chutou a barriga. Ele ocupou um espaço que não era dele, e comeu alimentos que não preparou.
Você o manteve aquecido. Você o manteve seguro. Você o manteve alimentado. Mas será que ele agradeceu?
Você está brincando? Mal saiu da barriga, já começou a chorar! O quarto é muito frio, o cobertor é muito áspero, a babá é muito ruim. E quem ele quer? A mamãe.
Você nunca tira uma folga? Quer dizer, quem fez todo o trabalho nos últimos nove meses? Por que o papai não pode assumir? Mas não, papai não vai assumir. O bebê quer a mamãe.
Ele nem lhe disse que estava chegando. Simplesmente veio. E que chegada! Ele a transformou numa selvagem. Você gritou. Você praguejou. Você cerrou os dentes e rasgou os lençóis. E veja só como você está agora. Suas costas doem. A cabeça lateja. Seu corpo está molhado de suor. Todos os músculos retorcidos e estirados.
Você devia estar brava. Mas está?
Longe disso. Em seu rosto, há um amor maior que a eternidade. Ele não fez nada por você; mas você o ama. Ele trouxe sofrimento para seu corpo e náuseas para suas manhãs, mesmo assim, é o seu tesouro. O rosto dele é enrugado e os olhos turvos; apesar disso, você só consegue falar da boa aparência e do futuro brilhante dele. Ele vai acordá-la todas as noites nas próximas seis semanas, mas isso não importa. Vejo isso no seu rosto. Você é louca por ele.
Por quê?
Por que a mãe ama o recém-nascido? Por que o bebê é dela? Mais que isso. E o sangue dela. E a carne dela. Os tendões dela e a espinha dela. E a esperança dela. E o legado dela. Não importa que o bebê não dê nada a ela. Ela sabe que o bebê recém-nascido é indefeso, fraco. Ela sabe que os bebês não pedem para vir ao mundo.
E Deus sabe que também não pedimos.
Somos idéia dele. Somos dele. Seu rosto. Seus olhos. Suas mãos. Seu toque. Olhe bem no rosto de cada ser humano sobre a terra, e você verá que é semelhante a Ele. Embora alguns pareçam parentes distantes, não o são. Deus não tem sobrinhos, só filhos.
Somos, por incrível que pareça, o corpo de Cristo. E mesmo que não ajamos como o Pai, não há maior verdade que esta: somos dEle. Inalteravelmente. Ele nos ama. Infinitamente. Nada pode separar-nos do amor de Cristo (veja Rom 8:38-39).
Se Deus não tivesse dito essas palavras, eu seria louco, escrevendo-as. Mas já que Ele o disse, eu seria um louco se não as cresse. Nada pode separar-nos do amor de Cristo... mas como tenho dificuldade em abraçar essa verdade.
Você pensa que cometeu um ato que o coloca fora de seu amor. Uma traição. Uma deslealdade. Uma promessa quebrada. Você acha que Ele o amaria mais se você não tivesse feito tal coisa? Você acha que Ele o amaria mais se você fizesse mais coisas? Você acha que se você fosse melhor, o amor de Deus seria mais profundo?
Errado. Errado. Errado.
O amor de Deus não é humano. O amor de Deus não é normal. O amor de Deus enxerga o seu pecado, mas ainda o ama. Estaria aprovando seus erros? Não. Você precisa se arrepender? Sim. Mas você se arrepende para o bem dEle ou para o seu próprio bem? Para o seu bem. O ego de Deus não precisa de argumentações. O amor de Deus não precisa de sustentação.


Autor: Max Lucado

sábado, 21 de abril de 2012

MAIOR É O QUE SERVE!

Como o mundo nos vê hoje em dia? Aliás, como nós nos apresentamos para o mundo? Será que preferimos ser vistos pelo que temos ou pelo que somos? Será que gostamos de nos sentir importantes?

O natural é que todas as pessoas gostem de se sentir importantes, de sempre fazer algo pensando em aparecer. Na verdade, a busca da maioria dos seres humanos é se destacar no meio da multidão. É da natureza humana o “estar por cima” e “levar vantagem em tudo”.

Até mesmo no seio cristão, todos querem louvar, pregar, aparecer de alguma forma na igreja, mas poucos querem servir, poucos estão dispostos a amar, a limpar a igreja, a evangelizar, etc.

Mas o que será que a Palavra de Deus fala acerca disso:

“Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” (Mateus 20:26-28)

Como se vê, de acordo com a Bíblia, maior é o que serve!

Porém, como relatado acima, de tempos pra cá, servir tem significado ser bobo, ser idiota, ser passado para trás, ser burro, ser motivo de chacota. Parece que, ao servirmos, estamos sendo trouxas, fazendo algo sem receber nada em troca. É a cultura do toma lá dá cá, do olho por olho dente por dente.

Como os nossos valores estão distorcidos! Esse não é o verdadeiro conceito de servir! Enquanto pensamos que estamos sendo tolos, Jesus nos diz exatamente o contrário: “aquele que quer ser o maior no reino dos céus que sirva a todos”.

O servir de Jesus nos ensina a ganhar tesouros que não se acabam, transformar a vida de pessoas, ser útil e não desperdiçar a vida correndo atrás do vento. Como se nota, o serviço está ligado muito mais ao satisfazer-me do que ao satisfazer-te!

Em outras palavras, quem serve de coração, o faz independentemente de reconhecimento, de coroas, de aplausos, de elogios, pois o ato de servir dá muito mais prazer a quem o faz do que a quem é feito.

Portanto meus amados, sirvamos de todo o nosso coração, doando-nos sempre, sem nunca esperar algo em troca. Na verdade, precisamos aprender sempre a servir, seja ouvindo, seja consolando, dando atenção, amando, etc.

Paulo também ensinou o mesmo princípio quando disse: “nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3).

E Pedro da mesma forma: “pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho” (1Pe 5.2,3).

No reino de Deus não há lugar para o ego exaltado. “Se alguém quer vir após mim”, disse Jesus, “a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Mt 9.23).

O que nos é mais importante: sermos elogiados pelos homens ou por Deus? Sermos reconhecidos pelos homens ou por Deus?

Tenho certeza de que a Deus! Portanto, meus amados, exercitemos o dom do serviço, sangremos para que outros vivam, soframos para que outros reinem, sacrifiquemo-nos pelos outros, pensemos nas coisas que não podemos ver, pois estas são eternas.



“Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.” 2 Coríntios 4:16-18