"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ofertas no Novo Testamento*

“O trecho mais detalhado do Novo Testamento a respeito de ofertas encontra-se em 2 Coríntios 8-9. A razão primordial de Paulo ter abordado esse assunto na carta foi o fato de falsos mestres em Corinto estarem questionando a motivação dele para exercer seu ministério. Eles levantaram suspeita de que Paulo estava embolsando as contribuições destinadas aos cristãos pobres de Jerusalém. Consequentemente, os coríntios, apesar de sua disposição em ajudar, não haviam feito doações em favor daquela causa.

Tomando a pena, Paulo escreve para defender sua integridade (2 Co 1.12). usando as igrejas da Macedônia como exemplo, o apóstolo descreve aos coríntios por que e como os cristãos devem contribuir.

A seguir segue um resumo do sermão de Paulo:

Quem deve contribuir? Todos os cristãos podem e devem contribuir para a causa de Cristo. A igreja da Macedônia era notoriamente pobre, no entanto pedia para ter o privilégio de ofertar (2 Co 8.4), apesar de sua profunda pobreza (2 Co 8.2).

Qual deve ser nossa motivação ao contribuir? Devemos ofertar voluntariamente (2 Co 8.12,9.2) e com alegria, não com tristeza ou por necessidade (2 Co 9.7). É um privilégio participar da obra de Deus. Além disso, é a atitude adequada para com o dom inefável de Deus, Seu próprio Filho (2 Co 9.15).

Que quantia devemos dar? Em nenhum trecho do Novo Testamento existe uma alusão à porcentagem ou quantidade específica. Neste trecho, Paulo simplesmente exorta os membros da igreja de Corinto a dar segundo propuseram no seu coração (2 Co 9.7). O ideal é que nossas ofertas sejam generosas (2 Co 9.5) e dadas com liberalidade (2 Co 9.11).

O tom geral desta passagem sugere uma oferta de sacrifício. Novamente, o macedônios, com ao viúva pobre elogiada por Cristo em Lucas 21.1-4), não doaram o que lhes sobejava; deram mais do que poderiam dispor (2 Co 8.3).

Como estas ofertas devem ser aplicadas? Paulo explicou cuidadosamente que a contribuição dos coríntios seria administrada com integridade por Tito (2 Co 8.16-20,23) e por outros irmãos cujos nomes não são mencionados (2 Co 8.22). Esses homens de caráter inquestionável, confiáveis e irrepreensíveis podiam cuidar de dinheiro. Devemos confiar as finanças da igreja a homens desse calibre moral.

Por que a oferta é tão importante? Nas palavras de Paulo, ela testa a sinceridade de nosso amor por Deus e pelos nossos semelhantes (2 Co 8.7,8). Parafraseando as palavras de Cristo (Mt 6.19-21), a maneira como lidamos com as riquezas materiais é um “termômetro” de nossa saúde espiritual.

Quais são os resultados de nossas ofertas? Não devemos contribuir visando receber algo em troca, mas Paulo deixa claro que a oferta produz suprimento de necessidades e prosperidade. O ofertante experimenta o amor de Deus de uma maneira especial (2 Co 9.7). Desfruta de bênçãos espirituais por participar de uma rica colheita de Justiça (2 Co 9.10).”

* Texto extraído da obra "O novo comentário bíblico NT, com recursos adicionais - a Palavra de Deus a alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, p. 168)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Liberdade*

Há pessoas que buscam uma liberdade sem fronteiras e até mesmo sem Deus. Elas acreditam que um cristão autêntico é aquele que não pode fazer quase nada - mas na verdade a única "perda" na vida cristã é a da "liberdade" de praticar o que é mau ou errado. O apóstolo Paulo afirmou que "Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine" (lCo 6.12). Logo se vê que não existe liberdade sem clisciplina. O apóstolo Pedro alertou: "Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal" (lPe 2.16a).
Deus estabeleceu leis que governam o mundo. São as chamadas "leis da natureza", como a da gravidade. Em sua carta aos gálatas, o apóstolo Paulo mencionou uma outra lei: "O que o homem semear, isso também colherá" (GI6.7). Ele não se refere aqui a uma semente de trigo, arroz ou feijão. Ele fala da conduta da pessoa. Quem em sua vida semear a semente da corrupção, da imoralidade, da sensualidade, enfim, da incredulidade, há de colher o fruto da devassidão, da violência, da morte.
Outra lei diz que somos o que pensamos (Pv 23.7).
Jesus, que bem sabia o que há no coração do ser humano, descreve com todas as letras: "Do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem 'impuro'” (Me 7.21-23). Veja, pois, o quanto é necessário termos novos pensamentos.
O ser humano, por mais que insista em se manter livre, precisa confessar que necessita de ajuda para que possa ser realmente livre. O homem precisa submeter-se à lei da graça, conhecer a verdade do evangelho e esta o libertará da escravidão ao pecado. Você já tem esta liberdade?
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8.32).
*Texto adaptado da obra o "Pão Diário" (São Paulo: Rádio Trans Mundial, 2010.)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Aladim?!*

O texto de hoje encontra-se em I Reis 3.5-14: “5. E em Gibeom apareceu o SENHOR a Salomão de noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê.
6. E disse Salomão: De grande beneficência usaste tu com teu servo Davi, meu pai, como também ele andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; e guardaste-lhe esta grande beneficência, e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como se vê neste dia.
7. Agora, pois, ó SENHOR meu Deus, tu fizeste reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; e sou apenas um menino pequeno; não sei como sair, nem como entrar.
8. E teu servo está no meio do teu povo que elegeste; povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão.
9. A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este teu tão grande povo?
10 E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, de que Salomão pedisse isso.
11. E disse-lhe Deus: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem pediste para ti riquezas, nem pediste a vida de teus inimigos; mas pediste para ti entendimento, para discernires o que é justo;
12. Eis que fiz segundo as tuas palavras; eis que te dei um coração tão sábio e entendido, que antes de ti igual não houve, e depois de ti igual não se levantará.
13. E também até o que não pediste te dei, assim riquezas como glória; de modo que não haverá um igual entre os reis, por todos os teus dias.
14. E, se andares nos meus caminhos, guardando os meus estatutos, e os meus mandamentos, como andou Davi teu pai, também prolongarei os teus dias.”
Encontrar uma lâmpada de Aladim com um gênio dentro capaz de satisfazer nossos desejos é o sonho de muita gente. Mas o que pedir? Riquezas, saúde, um futuro tranqüilo e seguro?
Lendo o texto de hoje, parece que para Salomão isto aconteceu, ou melhor, ao invés do gênio da lâmpada, o próprio Deus lhe aparece em um sonho e diz: “Peça-me o que quiser, e eu lhe darei. E Salomão pediu sabedoria. Sim, sabedoria para julgar o povo. Ele tinha consciência de sua falta de preparo para tão elevado cargo – o de rei de Israel – e pediu um coração compreensivo para julgar o povo, discernir entre o bem e o mal. E isto agradou a Deus, que, além de sabedoria, concedeu-lhe glória e riqueza. Salomão compreendeu que não adiantaria ter riquezas se não tivesse sabedoria para administrá-las.
Assisti a um programa no Globo Repórter no qual várias pessoas premiadas na loteria se encontravam pobres novamente porque não tiveram sabedoria para administrar aqueles recursos.
Gosto muito de um conceito que diz: “sabedoria é ver a vida do ponto de vista de Deus.” Poder enxergar as pessoas, as circunstâncias, tudo, como Deus vê. Que diferença isto faria em nossas vidas, se vivêssemos nesta perspectiva. O que realmente importa para Deus, quais seus valores, seus propósitos, como Deus agiria em meu lugar.
Agora a boa notícia: assim como Deus deu a Salomão sabedoria, Ele a oferece a todos: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.” (TG 1.5)
Você também pode pedir a Deus sabedoria para assim viver de um modo que agrade a Ele.
*Texto adaptado da obra o "Pão Diário" (São Paulo: Rádio Trans Mundial, 2010.)