"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Direitos*

Vivemos em uma época em que parece que todos estão preocupados com o exercício de seus "direitos". Na verdade, a sociedade tem ficado um tanto polarizada, uma vez que vários grupos se formam em torno de suas percepções de direitos que, segundo eles, estão sendo lhes negados. Quanto mais acirrada a luta para obter tais direitos, o conflito social parece se agravar cada vez mais.

Porém, Paulo mostrou aos gálatas que, diante de Deus, ninguém tem nenhum direito, seja qual for o direito que a humanidade já tenha perdido como conseqüência do pecado. Para deixar bem clara essa situação, Paulo usou a metáfora de um servo (Gl 4.1-3), uma ilustração que os gálatas provavelmente conheciam bem, uma vez que o Império Romano dependia muito do trabalho escravo (Rm 6.16).

Os gálatas tornaram-se filhos de Deus, mas, antes disso, foram escravos do pecado, dos "rudimentos do mundo" (Gl 4.3; compare com Cl 2.8-20). Como escravos do pecado, eles não tinham direitos diante de Deus. Ele não lhes devia nada. Os gálatas pertenciam ao pecado, ao qual eram forçados a servir. A libertação daquela posição tinha de vir de uma fonte que não fosse seu próprio poder, sua habilidade ou sua moralidade.

Essa é a situação de todos os pecadores diante de Deus - impotentes e sem esperança (Rm 3.23; Jo 3.119-20). Mas, assim como Deus deu vida, recursos e responsabilidade à humanidade no princípio (Gn 1.26 - 2.4), agora deu Cristo, seu Filho, para resgatar ou remir as pessoas do pecado e dar-lhes todos os privilégios da adoção na família de Deus (Gl 4.4-7). Ninguém merece isso, o que explica porque receber a nova vida em Cristo com seus direitos é, na verdade, uma dádiva.

Se, como cristãos, recebemos esses tesouros de Deus, devemos então fazer com que os outros saibam que eles têm a mesma oportunidade.

"E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo." (2 Coríntios 12.9)
* Texto adaptado da obra "O novo comentário bíblico NT, com recursos adicionais - a Palavra de Deus a alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, p. 491)

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