"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

QUANDO VERDADEIRAMENTE O BUSCAMOS, DEUS NÃO DEIXA DE OUVIR NOSSA ORAÇÃO!

Um dos textos bíblicos que mais fala ao meu coração está em Daniel 10:8-12:

“Fiquei, pois, eu só, a contemplar esta grande visão, e não ficou força em mim; transmudou-se o meu semblante em corrupção, e não tive força alguma.
Contudo ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o som das suas palavras, eu caí sobre o meu rosto num profundo sono, com o meu rosto em terra.
E eis que certa mão me tocou, e fez com que me movesse sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos.
E me disse: Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado. E, falando ele comigo esta palavra, levantei-me tremendo.
Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.”

Tal passagem se deu após uma visão que Daniel teve acerca de uma grande guerra que forma uma profecia contínua nos três últimos capítulos do livro.

A visão impressionou Daniel tremendamente por sua magnitude, ressaltando-se que ele reagiu com jejum e lamentação durante três semanas.

Após a visão, Daniel não pôde falar até que uma pessoa com aparência de homem tocasse seus lábios. Então, Daniel afirmou que seu silêncio era devido a estar tão esmagado pela aflição.

Então lhe foi dito: “Não temas, homem muito amado, paz seja contigo; anima-te, sim, anima-te. E, falando ele comigo, fiquei fortalecido, e disse: Fala, meu senhor, porque me fortaleceste.” (Daniel 10:19)

O que me impressiona no texto é que, diferentemente do que tem sido pregado hoje em dia, Deus responde às nossas orações quando, verdadeiramente, decidimos cumprir a vontade Dele.

É bem diferente de palavras proferidas no sentido de que os cristãos não nasceram para sofrer, de que aos crentes tão somente é reservado o melhor desta terra, de que aqueles que têm Cristo como senhor e salvador não estão sujeitos a doenças ou ainda que Deus trará prosperidade, riqueza, etc.

Em outros termos, o texto enfatiza que Deus não barganha com ninguém, mas abençoa os que decidem buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua Justiça (Mateus 6.33).

Assim, se já estamos crucificados com Cristo, busquemos em primeiro lugar o reino de Deus e a sua Justiça, não orando por coisas, mas sim pelo fruto do espírito.



“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gálatas 5:22)
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20)

domingo, 13 de novembro de 2011

Evangélicos sitiados pelo dinheiro…

Atualizando a parábola do rico e do pobre, uma festa para a massificação do consumo e desperdício está em andamento, e ao mesmo tempo se exibe uma falsa privacidade. Ninguém pode mais concordar com Hegel, filósofo muito interessante. É uma pena! Dizia que “a privacidade nos ajuda a viver num mundo sem compaixão”. Hoje, esse conceito não funciona mais. Para muitos não há mais um mundo privado para reflexão, agimos “como um cão que volta ao seu vômito” (Lc 16,19-31). De que vale a privacidade num mundo assim? A cultura utilitarista predomina, como objetos comprados, descartáveis, “use e jogue fora”, os valores de uma ética de partilha e solidariedade são atirados no lixo sem o menor pudor.

O problema, no entanto, são os valores veiculados em substituição aos tradicionais sobre amor, solidariedade, compaixão e cuidado com o outro. Ideias voyeuristas expõem o ser humano como mercadoria barata, afirmando isoladamente a falta de importância das mesmas. Vive-se uma cultura sitiada pelo dinheiro (Jurandyr Freire). Uma geração inteira encontra-se dopada, quando se encarrega de adotar e veicular os “novos valores” sem nenhum controle. A compulsão do evangelical business não deve ser desprezada. A juventude evangélica, “diante do trono” gospel, sabe muito bem que estamos falando da cultura do dinheiro.

Consumo rápido, fast-food: molho de tomate, hamburguer, são alimento e sangue dessa nova cultura. Jovens evangélicos abraçam o gospel como religião emocional salvadora. São inaugurados bares e boates gospel, para o compartilhamento cultural do novo jeito de ser “crente moderno”. Jovens de outras tendências, possivelmente não-religiosos, extasiados, adeptos confessos da cultura rock, marcam os costumes das novas gerações com piercings, tatuagens, uso “quase livre” de drogas estimulantes, para vários fins, como os comprimidos de ecstasy e viagra para a inapetência geral. Vale tudo, enquanto são convidados a esquecer a História, as lutas pelas liberdades civis e direitos fundamentais do homem e da mulher. O passado não interessa, o presente justifica tudo. Comamos e bebamos, aproveitemos, porque amanhã… não interessa…

Poucas décadas atrás, o anseio de liberdade devido às ditaduras e a sustentação de totalitarismos em todos os quadrantes, a precarização do ensino, o desemprego, a ausência de liberdades civis, cidadania, direitos humanos, levava os jovens às ruas. Quem imagina jovens apaixonados por festivais gospel, e encontros carismáticos, “marchas-com-jesus”, frequentadores de shoppings, nas ruas reivindicando direitos fundamentais para a sociedade toda? A obsessão consigo mesmos se manifesta menos no ardor do gozo da juventude que no medo da velhice, da doença, na panacéia oferecida como remédio para aproveitar bem o tempo em atividades que dão prazer ao corpo, a qualquer custo, menos que os prazeres da alma e do espírito (Gilles Lipovetsky).

Há inquietações, no entanto. Tudo deveria inquietar e desassossegar. O terrorismo e seus estragos na paz mundial que nunca chega, a fome global, a poluição urbana, a ausência da socialização das riquezas monetárias (nunca tantas pessoas tiveram tanto dinheiro, bens, posses, possibilidades que envolvem o direito à propriedade ilimitada), a violência nas periferias das metrópolis, a fragilidade do corpo diante de enfermidades antigas e recentes (o drogadismo farmacológico, entre outras). A compulsão consumista equivale às demais compulsões pelo álcool, pelas drogas leves ou pesadas, pelo sexo, pelo jogo, pelo trabalho sem repouso.

Entre os etariamente maduros, também, todos ficam felizes em falar de moral, ciência, religião, política partidária, esportes, amor, filhos, saúde, alimentação saudável, esteira rolante, eletrocardiograma, mamografia, ultrasom, próstata, colunoscopia, medicina de ponta, e mesmo assim chega o dia inevitável em que se vai para o caixão. “E virá a próxima geração de idiotas, que também falará sobre a vida e o que é apropriado para se viver bem. Meu pai se matou, os jornais o deixavam deprimido. E você pode culpá-lo com o horror, a corrupção, a ignorância, a pobreza, o genocídio, o aquecimento global, o terrorismo, os valores morais imbecis e os imbecis armados até os dentes”? (Woody Allen). Levar gol contra acaba cansando…



Autor: Derval Dasilio

Fonte: http://derv.wordpress.com/2011/11/13/evangelicos-sitiados-pelo-dinheiro/


sábado, 5 de novembro de 2011

Não perca tempo!

Nos últimos dias, um grupo de pessoas tem ido diariamente ao Hospital das Clínicas (FUNDHACRE) para orar pela vida da mãe de uma irmã da igreja. Há dez dias, os médicos já haviam “decretado” que essa senhora estaria condenada à morte, porém Deus a tem guardado e seu quadro tem melhorado dia após dia. Na verdade, tenho certeza que Deus a livrará desta terrível situação!

É interessante que, numa dessas idas à FUNDHACRE, através da morte de uma jovem de 18 anos, Deus falou muito aos nossos corações e trouxe algumas indicações para nossas vidas.

A primeira delas, é que Ele ouve os nossos clamores. Claramente puder ver a mão de Deus trabalhando na vida da pessoa pela qual temos orado, pois, apesar de ela ter aproximadamente 70 anos, Deus a tem conservado, a tem guardado e inobstante a idade avançada a morte não conseguiu vencê-la. (“E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.” Mt 21.22).


A segunda indicação é que, nos últimos tempos, nós cristãos, não temos estado perto daqueles que necessitam ouvir as palavras da salvação. Aquele hospital está repleto de pessoas que precisam de carinho! Estão sedentas por um abraço! De igual sorte, os presídios, as ruas, etc. E nós? Será que temos cumprido o “ide” que nosso Senhor Jesus nos ensinou? Será que temos gastado nosso tempo em disseminar a palavra do Deus Vivo? Penso que não! Em verdade, creio que poderíamos fazer muito mais! Temos que estar sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em nós. (1 Pe 3.15)


A terceira e maior indicação foi de que nossa vida é muito frágil, que nossa estada nesta terra é muito passageira! E Deus claramente mostrava que não podemos perder tempo nesta caminhada. Quanto tempo temos perdido com bobagens? Às vezes ficamos brigados com as pessoas que amamos por coisas pequenas, às vezes nem sabemos por que estamos brigados, etc.


O certo é que temos perdido nosso precioso tempo... muitas vezes por orgulho... por acreditarmos que somos auto-suficientes... que sabemos de todas as coisas!! Esquecemos que devemos perdoar... que devemos nos suportar... que devemos oferecer a outra face!


Quantos casais se separam por falta de conversa... quantos pais estão brigados com os filhos por falta de compreensão... quantas famílias tem sido destruídas por pequenas coisas como dinheiro, poder, etc.


Meus amados, não podemos mais perder tempo algum, pois cada segundo longe daqueles que amamos é um segundo perdido que jamais conseguiremos recuperar! Nossa vida é muito curta para estarmos em desarmonia!! Aproveitemos as possibilidades que Deus tem nos dado, pois toda a carne é como a erva e toda a glória do homem como a flor da erva, as quais caem e secam. (1 Pe 1.24)