"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

sábado, 29 de outubro de 2011

DIGA A VERDADE, DOA A QUEM DOER!

Vivemos dias em que tudo é tolerado. Inobstante o quanto discordemos daquilo que outros amam ou pregam, aceitamos o direito deles a ter sua própria opinião. Parece que perdemos a capacidade de se indignar com as coisas que não estão certas. Não parece haver mais base para se dizer “não”. A nossa era é a do “tudo bem para mim, tudo bem para você.”

Isso acontece em qualquer lugar: no trabalho, no casamento, etc.

Mas será que isso é correto? Não seria mais honesto dizer “não está tudo bem para mim, assim como não está tudo bem para você”?

Penso que, não importa a circunstância, a verdade tem que ser dita, pois, por mais que a verdade seja dura, ela só dói uma vez, ao passo que a mentira dói por muito mais tempo!

Temos que agir como Jesus nos ensinou:

“34. Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;

35. Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;

36. Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.

37. Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna.” (Mateus 5:34-37)

Nosso proceder deve sempre estar pautada na verdade, dizendo sim ou não, sem meio termo!



“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tiago 4:10)

sábado, 22 de outubro de 2011

Ofereça a outra face!

Na última semana tive um problema com um de meus vizinhos.

Contratei uma empresa para instalar uma antena em minha casa e os instaladores acabaram invadindo um pouco do terreno dele.

Ao ver aquela situação, pensei em falar com meu vizinho, porém notei que a antena dele também invadia minha residência.

Então, por sinceramente acreditar que não haveria problemas, pois de fato a antena não o atrapalhava, somada à invasão que também sofri, resolvi deixar tudo como estava.

Porém, a instalação da antena acabou aborrecendo meu vizinho, que me ligou e disse que eu havia invadido o terreno dele, que eu não podia ter feito aquilo, etc.

Argumentei que ele também havia invadido minha área, que ele também não havia me pedido, etc.

Não chegamos a um consenso, acabei ouvindo muitas coisas que não gostaria de ter ouvido e disse que minha antena só sairia do local onde fora instalada se ele tirasse a dele primeiro.

E assim ficou acordado: cada um tiraria a sua antena!

Alguns minutos depois, Deus trouxe ao meu coração a palavra que está em Mateus 5.38-42: “Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.”

Na verdade a antena dele nunca havia me incomodado, porém como ele me fez algo que não gostei, resolvi retribuir da mesma maneira.

Porém, como diz a palavra, não podemos agir assim, devemos pagar o mal com o bem!

Então, resolvi agir de acordo com a Palavra de Deus e liguei para meu vizinho para dizer que tiraria minha antena e que ele não precisava tirar a antena dele. E assim foi feito!

Não sei o resultado disso na vida de meu vizinho, mas o certo é que fiquei bem comigo mesmo e certamente com Deus, pois não fiz justiça por minhas próprias mãos. Pelo contrário, resolvi colocar nas mãos Dele o meu caminhar.


“Meus caros irmãos, não façam justiça por vossas mãos. Deixem que seja Deus a castigar, pois diz o Senhor, na Sagrada Escritura: A mim é que pertence castigar; eu é que darei a recompensa. E diz também: Se o teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer e se tem sede dá-lhe de beber. Ao fazeres isso, farás com que a cara lhe arda de vergonha.” (Romanos 12:19-20)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quando menos esperamos....

Algumas vezes Deus age em nossas vidas quando menos esperamos, e, em muitas ocasiões, recebemos muito mais do que merecemos.

Quando Jacó recebeu a notícia de que Esaú estava aproximando-se (Gn 32.6), ficou apavorado. Quem vinha ao seu encontro era justamente o seu irmão gêmeo – aquele que ele enganara com a ajuda da mãe para obter a bênção do pai (Gn 27.1-29) – acompanhado de mais de 400 homens. Jacó pensou no pior. Ele orou a Deus por Sua misericórdia e Seu livramento (Gn 32.9-12) e enviou a Esaú parte de suas posses, para que pudesse ser bem recebido (Gn 32.13-23).

Todavia, para grande surpresa de Jacó, Esaú se aproximou, beijou-o e chorou (Gn 33.4). Este tipo de bênção se deu de maneira completamente inesperada. Isso desarmou Jacó, e, em resposta, o patriarca somente pôde insistir para que o irmão ficasse com os presentes que ele enviara, talvez como uma forma recompensa por causa da herança perdida (Gn 33.8-11).

Como ocorreu com Jacó, também somo surpreendidos com a graça e o perdão quando menos esperamos, ou quando sequer merecemos. Ao dar ao mundo a salvação por meio de Jesus Cristo, Deus concedeu um favor desmerecido ao ser humano, que, na verdade, merece condenação.

Jacó insistiu em recompensar seu irmão, e Esaú, depois de certa resistência, aceitou o presente. Contudo, nunca conseguiremos recompensar Deus pelo que Ele fez por nós. Entretanto, podemos aceitar a Sua oferta de amor e expressar nossa gratidão demonstrando o mesmo tipo de sentimento pelas pessoas, como o Senhor nos ensinou.




Fonte: O novo comentário bíblico AT, com recursos adicionais. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2010, p. 82.

domingo, 9 de outubro de 2011

“Está consumado!”

Há vários anos atrás, Paul Simon e Art Garfunkel nos encantaram com uma canção de um menino pobre que foi para Nova Iorque em sonho e caiu vítima da vida cruel da cidade. Sem dinheiro, tendo apenas estranhos como amigos, ele passava os dias “escondido, procurando os lugares mais pobres onde os mendigos vão, buscando pontos que só eles conhecem “.[“The Boxer” por Paul Simon (c) 1968.]

É fácil imaginar esse jovenzinho de rosto sujo e roupas velhas, procurando trabalho e não encontrando. Ele se arrasta pelas calçadas, lutando contra o frio e sonhando em ir para algum lugar “onde os invernos da cidade de Nova Iorque não me façam sangrar, levando-me para casa”.

O garoto pensa em desistir. Em voltar para sua cidade. Desistir — algo que nunca pensou que pudesse fazer.


Mas no momento em que pega a toalha para atirá-la ao ringue, encontra um boxeador. Lembra-se destas palavras?


No espaço vazio se acha um lutador profissional levando com ele cada golpe que que o cortou até que gritasse de ira e vergonha – “Vou embora, vou embora!” mas o lutador permanece mesmo assim.[Idem.]

“O lutador permanece.” Existe algo magnético nessa frase. Ela soa autêntica.

Os que permanecem como o lutador são uma espécie rara. Não quero dizer necessariamente vencer, mas apenas permanecer. Ficar agarrado ali. Terminar. Não ir embora até que seja feito. Mas infelizmente muitos poucos de nós fazem isso. Nossa tendência humana é desistir cedo demais. Nossa inclinação é parar antes de cruzar a linha de chegada.


Nossa incapacidade de terminar o que começamos é vista nas menores coisas:


Um jardim com metade da grama cortada.
Um livro lido pela metade.
Cartas começadas, mas inacabadas.
Um regime posto de lado.
Um carro sobre cavaletes.
Ou se mostra nos pontos penosos da vida:
Uma criança abandonada.
Uma fé vacilante.
A pessoa que muda sempre de emprego.
Um casamento falido.
Um mundo não evangelizado.

Estou tocando em algumas feridas abertas? Há qualquer possibilidade de estar me dirigindo a alguém que esteja considerando desistir? Se estou, quero encorajar você a permanecer. Quero encorajá-lo a lembrar a determinação de Jesus na cruz.

Jesus não desistiu. Não pense, porém, nem por um minuto, que não foi tentado a fazê-lo. Observe como ele estremece ao ouvir seus apóstolos caluniarem e discutirem. Olhe para ele quando chora junto ao túmulo de Lázaro ou quando se lamenta ao agarrar-se ao solo de Getsêmani.


Ele jamais quis desistir? Claro que sim!


Essa a razão pela qual suas palavras são tão esplêndidas. “Está consumado.”


Pare e ouça. Você pode imaginar o grito da cruz? O céu está escuro. As outras duas vítimas gemem. As bocas zombeteiras se calaram. Talvez haja trovões. Talvez choro. Talvez silêncio. Jesus inala então profundamente, empurra os pés sobre o prego romano e grita: “Está consumado!”


O que estava consumado?


O plano da redenção do homem, longo como a história, estava consumado. A mensagem de Deus para o homem havia terminado. As palavras de Jesus como homem na terra não mais se repetiriam. A tarefa de escolher e treinar embaixadores terminara. O trabalho estava terminado. A canção fora cantada. O sangue derramado. O sacrifício feito. O aguilhão da morte fora removido. Tudo acabara.


Um grito de derrota? Dificilmente. Se as suas mãos não tivessem sido pregadas, ouso dizer que um punho triunfante teria sido levantado para o céu escuro. Não, não foi um grito de desespero. Mas de realização. Um grito de vitória, de cumprimento. Também um grito de alívio.


O lutador permaneceu. E agradecemos por tê-lo feito. Graças a Deus que Ele suportou.


Você está prestes a desistir? Não faça isso. Está desanimado como pai? Fique firme. Está cansado de fazer o bem? Faça apenas um pouco mais. Está pessimista em relação a seu emprego? Arregace as mangas e persevere. Não existe comunicação em seu casamento?

Dê-lhe mais uma injeção. Não consegue resistir às tentações. Aceite o perdão de Deus e continue em frente. Seu dia está cheio de tristeza e desapontamentos? Seus amanhãs estão-se transformando em “nuncas”? A esperança é uma palavra esquecida?


Lembre-se, quem persevera não é aquele que não apresenta ferimentos nem está cansado. Pelo contrário, ele, como o lutador de boxe, está cheio de cicatrizes e sangrando. Estas palavras foram atribuídas a Madre Teresa: “Deus não nos chamou para ser bem-sucedidos, mas fiéis.” O lutador, como nosso Mestre, foi traspassado e está cheio de dores. Ele, como Paulo, pode ter sido até algemado e açoitado. Mas permanece, persevera.


A Terra Prometida, diz Jesus, aguarda os que perseveram.[Mateus 10:22] Ela não é apenas para aqueles que alcançam a vitória ou bebem champanhe. Não, de modo algum. A Terra Prometida é para aqueles que simplesmente permanecem até o fim.


Vamos perseverar.

Ouçam este coro de versículos destinados a dar-nos poder para manter-nos firmes:


Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança.[Tiago 1:2,3]


Por isso restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.’[Hebreus 12:12,13]


E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.’[Gálatas 6:9]


Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.’[2 Timóteo 4:7,8]

Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.’[Tiago 1:12.]


Obrigado, Paul Simon. Obrigado, apóstolo Paulo. Obrigado, apóstolo Tiago. Mas, obrigado mais que tudo ao Senhor Jesus, por nos ensinar a perseverar, a nos manter firmes e, no final, a terminar.


Autor: Max Lucado

sábado, 1 de outubro de 2011

LUCRE MORRENDO!

Apesar de soar estranho, este é mesmo o título de nossa reflexão de hoje!

Mas como lucrar morrendo? Como obter alguma vantagem com a morte?

Na verdade, nós cristãos, sequer poderíamos formular tais perguntas, pois, conforme ensinou Jesus, nosso caminhar até a eternidade depende de nossa capacidade de morrer diariamente. É claro que não a morte física, mas a morte carnal.

Para confirmar tal afirmação, vejamos o que Nosso Senhor disse: “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me.” (Mateus 16:24)

Note que esse “renuncie-se a si mesmo” traz em seu bojo uma conotação de morte diária, morte para as coisas carnais, renuncia de direitos, etc.!

Vale lembrar que, em nenhum momento, Cristo nos ensinou a estarmos preocupados com “nossos direitos”, com aquilo que nos faz bem, com nossas individualidades, mas sobremaneira a renunciar todas essas coisas em prol dos outros.

Aliás, quem aprendeu esse ensinamento com perfeição foi o Apóstolo Paulo. Vejamos: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” (Filipenses 1:21)

Esse morrer equivale a deixar nossos sonhos e desejos pessoais de lado, para fazer a vontade única e exclusiva de Deus sobre nossa vida. Esse morrer é oferecer o outro lado da face, é perdoar e amar os vossos inimigos, bendizer os que vos maldizem, fazer bem aos que vos odeiam e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem.

Só assim vamos lucrar e obter a vida eterna!

Então, morramos!