"Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna." 2 Tm 2.10

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A esperança é a última que morre?

Os irmãos já devem ter ouvido falar em um dito popular que diz: “a esperança é a última que morre”.

Porém, pergunto-lhes: será mesmo a esperança a última a morrer?

Com certeza, a esperança não é a última a morrer! Aliás, com base na Bíblia, digo-lhes:
A ESPERANÇA NÃO MORRE!!!

Vejamos o que diz a Palavra de Deus em I Coríntios 13.13: “agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

No contexto, Paulo afirma que as profecias serão aniquiladas, que as línguas cessarão e que a ciência desaparecerá, porém que permaneceriam a fé, a esperança e o amor! Com base nisto repito: a esperança jamais morre!

Então, jamais devemos perder a esperança, e sim ter certeza na alma, firme confiança sobre as coisas futuras, porque tais coisas decorrem da revelação e das promessas de Deus. Aliás, é bom lembrar que a esperança otimista no melhor sentido, pois nos abre para realidades e experiências autenticamente novas, libertando-nos do desespero e nos inspirando ao amor e à missão.

Assim, por mais que as coisas pareçam difíceis ou impossíveis, por mais que o milagre pareça não chegar, por mais que tudo esteja dando errado creia no Deus da Esperança “porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3.17-18)

Então, irmãos, é tempo de ter esperança, pois a mudança verdadeira é possível. Nosso futuro como crentes não tem que se desenvolver a partir do que é presentemente possível, mas daquilo que é possível para Deus.

"Que o Deus da esperança encha você de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que você transborde de esperança, pelo poder do Espírito Santo" (Romanos 15.13)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Direitos*

Vivemos em uma época em que parece que todos estão preocupados com o exercício de seus "direitos". Na verdade, a sociedade tem ficado um tanto polarizada, uma vez que vários grupos se formam em torno de suas percepções de direitos que, segundo eles, estão sendo lhes negados. Quanto mais acirrada a luta para obter tais direitos, o conflito social parece se agravar cada vez mais.

Porém, Paulo mostrou aos gálatas que, diante de Deus, ninguém tem nenhum direito, seja qual for o direito que a humanidade já tenha perdido como conseqüência do pecado. Para deixar bem clara essa situação, Paulo usou a metáfora de um servo (Gl 4.1-3), uma ilustração que os gálatas provavelmente conheciam bem, uma vez que o Império Romano dependia muito do trabalho escravo (Rm 6.16).

Os gálatas tornaram-se filhos de Deus, mas, antes disso, foram escravos do pecado, dos "rudimentos do mundo" (Gl 4.3; compare com Cl 2.8-20). Como escravos do pecado, eles não tinham direitos diante de Deus. Ele não lhes devia nada. Os gálatas pertenciam ao pecado, ao qual eram forçados a servir. A libertação daquela posição tinha de vir de uma fonte que não fosse seu próprio poder, sua habilidade ou sua moralidade.

Essa é a situação de todos os pecadores diante de Deus - impotentes e sem esperança (Rm 3.23; Jo 3.119-20). Mas, assim como Deus deu vida, recursos e responsabilidade à humanidade no princípio (Gn 1.26 - 2.4), agora deu Cristo, seu Filho, para resgatar ou remir as pessoas do pecado e dar-lhes todos os privilégios da adoção na família de Deus (Gl 4.4-7). Ninguém merece isso, o que explica porque receber a nova vida em Cristo com seus direitos é, na verdade, uma dádiva.

Se, como cristãos, recebemos esses tesouros de Deus, devemos então fazer com que os outros saibam que eles têm a mesma oportunidade.

"E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo." (2 Coríntios 12.9)
* Texto adaptado da obra "O novo comentário bíblico NT, com recursos adicionais - a Palavra de Deus a alcance de todos. Rio de Janeiro: Central Gospel, p. 491)

sábado, 16 de outubro de 2010

Em que direção nós estamos seguindo?

No Livro de Jeremias, encontramos inúmeras advertências contra o pecado e promessas de juízo, mas talvez a mensagem de esperança e promessa de restauração em caso de arrependimento sejam os traços mais marcantes do ministério do profeta.

Passagem interessante está no capítulo 8.4-7:

“4. Dize-lhes mais: Assim diz o SENHOR: Porventura cairão e não se tornarão a levantar? Desviar-se-ão, e não voltarão?
5. Por que, pois, se desvia este povo de Jerusalém com uma apostasia tão contínua? Persiste no engano, não quer voltar.
6. Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um se desvia na sua carreira, como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
7. Até a cegonha no céu conhece os seus tempos determinados; e a rola, e o grou e a andorinha observam o tempo da sua arribação; mas o meu povo não conhece o juízo do SENHOR.”

O texto bíblico transcrito remete à nossa condição humana (que sempre está falhando com o Senhor) e, principalmente, à dureza de nossos corações, que insiste em permanecer no erro, no engano, dizendo “paz, paz, quando não há paz”!

Ora, o seguir a Cristo não é um evento que ocorre uma vez na vida e tampouco um estado de perfeição moral que se alcança para sempre! Tal jornada é dinâmica, é construída diariamente durante toda a nossa existência na terra. A cada instante estamos nos aproximando ou nos afastando de Deus!

A pergunta é: em que direção nos estamos seguindo?

Na época de Jeremias, em razão de ter se afastado de Deus, o povo estava prestes experimentar a ira do Senhor. Como diz a palavra, “elas estavam andando para trás e não para diante” (Jr 7.24). Ao invés de ser arrepender e tornar aos virtuosos caminhos traçados por Javé, buscando um relacionamento baseado na obediência e mais profundo com Deus, o povo seguia seus próprios caminhos e o “propósito do seu coração malvado” (Jr 7.23-24).

Que tal engano não se instale em nossos corações! Que nossa fé em Cristo Jesus seja cada vez mais ardente, para que aproximemo-nos cada vez mais de Deus! Às vezes, iremos tropeçar, mas não devemos ter dura cerviz, insistindo no erro, e sim voltar aos braços de nosso Senhor, pois “se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração” (1 Jo 3.2).

Amados, que essa lição sirva para cada um de nós e que façamos como Paulo fez: “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim; Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13-14).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Loucura da Pregação

Na primeira carta escrita pelo Apóstolo Paulo aos habitantes de Corinto aquele afirma que “a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (I Coríntios 1.18)

No versos seguintes tal idéia é retomada e através dela Paulo demonstra que a sabedoria do mundo, que os corintos tanto valorizavam e que hoje também valorizamos muito, é a própria antítese da sabedoria de nosso Deus e verdadeira loucura para os olhos das pessoas que não crêem que somos salvos pelo sangue de Cristo.

De fato, se pararmos para pensar, sem sombra de dúvidas, aos olhos dos mundo, seria loucura um Deus ofertar seu único filho, Jesus Cristo, para morrer, sofrer as mais diversas humilhações e ser sacrifício, para que nós, humanos e pecadores, fôssemos resgatados.

Porém, para nós, que cremos na salvação, tal ato representa poder de Deus, representa amor! É como está escrito: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)

Outro exemplo de loucura aos olhos humanos foi Abraão se dispor a sacrificar a vida de seu único filho, Isaque, mesmo para cumprir uma ordem do Deus Altíssimo. Ademais, será que não foi "loucura" Raabe se arriscar para ajudar os espias de Israel a tomar por posse a terra prometida (Josué 6.17)?

De fato, são “loucuras”!

Na verdade a Bíblia está repleta de “loucuras” aos olhos dos homens que não crêem e é por isso que se diz que a palavra da salvação é loucura para os que não acreditam na salvação por intermédio de Cristo.

Apesar de um grande número de pessoas não crer nas palavras de vida eterna, nós, que cremos, temos que continuar buscando e acreditando nas palavras da salvação, porque Deus tem sempre o melhor para cada um de nós.

Assim, se formos desafiados a praticar diversas “loucuras” por crer e confiar no Deus vivo - tais como abrir mão das nossas próprias expectativas, servir ao próximo, amar aos que nos ofendem, entregar ao Senhor algo de “valor” pessoal, etc. – que continuemos nos caminhos trilhados pela Palavra, “porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” (I Coríntios 1.25)

“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” (I Coríntios 1.25)